09 novembro 2006

Resmunguinhos com vitamina C.

"Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim."

"Sobre o Xadrez:
Jogo chinês que aumenta a capacidade de jogar xadrez."

"A maior vantagem da comida macrobiótica é que, por mais que você coma, por mais que encha o estômago, está sempre perfeitamente subalimentado."

"Chato...Indivíduo que tem mais interesse em nós do que nós temos nele."

"Natação e Automobilismo:
Tenho absoluta incapacidade de admirar um homem apenas porque ele é melhor do que o outro um centésimo de segundo."

"Passado: É o futuro, usado."


"Vocês não sabem como é divertido o absoluto ceticismo. Pode-se brincar com a hipocrisia alheia como quem brinca com a roleta russa com a certeza de que a arma está descarregada."


Millôr Fernandes

08 novembro 2006

Dos paradoxos da metafísica.

"We are such stuff
As dreams are made on and our little life
Is rounded with a sleep..."

- Shakespeare (The Tempest)


Nós somos feitos da mesma matéria dos sonhos.

Constatação sem Pedigree.

O vira-lata não tem conforto, passa fome e arrisca ser atropelado a todo tempo.
Mas, sempre quiser, pode sair cantando à toa por aí.

Meus Planos para o Futuro.


“(...) poderíamos traçar em conjunto alguns planos mais ou menos acidentados no sentido de pelo menos começar a pensar em ir para um ponto de partida qualquer.”

- Campos de Carvalho (O Púcaro Búlgaro)

24 outubro 2006

Balada precoce da Física quântica

já tava tudo lá, na poesia barroca.


"O todo sem a parte não é todo,
A parte sem o todo não é parte,
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga, que é parte, sendo todo."

Gregório de Matos

De dentro pra fora e de fora pra dentro.

"Assim como uma bala
enterrada no corpo,(...)
um vivo mecanismo,
bala que possuísse
um coração ativo
igual ao de um relógio
(...)
assim como uma faca
que sem bolso ou bainha
se transformasse em parte
de vossa anatomia;
qual uma faca íntima
ou faca de uso interno,
habitando num corpo
como o próprio esqueleto
de um homem que o tivesse,
e sempre, doloroso,
de homem que se ferisse
contra seus próprios ossos.

(...)
pois de volta da faca
se sobe a outra imagem,
àquela de um relógio
picando sob a carne
,(...)"


João Cabral de Melo Neto (Uma Faca Só Lâmina - 1955)

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"O relógio vendeu as horas para quem quisesse comprar"




20 setembro 2006

Para dizer com elegância.

Memória da pele

(João Bosco e Waly Salomão)

Eu já esqueci você, tento crer
Nesses lábios que meus lábios sugam de prazer
Sugo sempre, busco sempre a sonhar em vão
Cor vermelha, carne da sua boca, coração

Eu já esqueci você tento crer
Seu nome, sua cara, seu jeito, seu odor
Sua casa, sua cama, sua carne, seu suor
Eu pertenço à raça da pedra dura

Quando enfim juro que esqueci
Quem se lembra de você em mim, em mim
Não sou eu, sofro e sei
Não sou eu, finjo que não sei, não sou eu

Sonho bocas que murmuram
Tranço em pernas que procuram, enfim...
Não sou eu, sofro e sei
Quem se lembra de você em mim, eu sei, eu sei...

Bate é na memória da minha pele
Bate é no sangue que bombeia na minha veia
Bate é no sangue que borbulhava na sua taça
E que borbulha agora na taça da minha cabeça

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A punheta mais poética da música brasileira.

12 setembro 2006

Inventisse


"When I read I figure the meaning, if I can, and when I can´t, I say, Oh, very well, there´s better fish in the sea than was ever been caught."

- Carl Sandburg (Fables, Foibles, and Foobles)


Um grande abraço a São Petersburgo, pexinho cor de buraco que nunca sarou da rinite alérgica, gosta de ver jogo de rugbi, come macarrão aos domingos e não existe.

Este abraço talvez não chegue a ele, porque pro Peter eu é que não existo. Mas neste momento ele pode estar lá me mandando seus cumprimentos, a mim que não tenho melanina, respiro com pulmões e como goiaba vermelha, o que me exclui permanentemente da classe de coisas que existem para um peixe desse tipo.

Um abraço, meu grande e real amiguinho.
Nosso mundo é esse mar, o fora dele e todo resto. Todo o tanto desse todo resto.


30 agosto 2006

Toca, Raul.

"O que eu como a prato pleno
Bem pode ser o seu veneno
Mas como vai você saber
Sem provar?"


"Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida?
Existem tantas... um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto
A anestesia mal aplicada.
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...
(...)
Vem, mas demore a chegar.
(...)
Morte, morte, morte,
que talvez seja o segredo desta vida"

Raul Seixas

21 agosto 2006

Estranho é o Plácido Domingo e a senhora sua mãe.

"(...) o ornitorrinco não é horrível, mas prodigioso e providencial para pôr à prova uma teoria do conhecimento. À propósito, pela sua aparição muito remota no desenvolvimento das espécies, insinuo que não seja feito com pedaços de outros animais, mas que os outros animais é que são feitos dos seus pedaços"
Umberto Eco - Kant e o Ornitorrinco


E já dizia a facção astrológica da velha guarda dos ditos populares:
"Aquarianos são normais. O resto do mundo é que é muito esquisito."


Por alguma experiėncia pessoal, e dando crédito ao alinhamento dos astros e às jocosidades da natureza, me parece que todo aquariano é um pouco ornitorrinco.

16 agosto 2006

Que beleza.

"Quem é belo
é belo aos olhos
- e basta.

Mas quem é bom
é subitamente belo"


Safo

Brinca Comigo!

"Você pode descobrir mais sobre uma pessoa em uma hora de brincadeira que em um ano de conversa"

- Platão

10 agosto 2006

O exagero e a ousadia, numa cova de prudência, serão ainda exagero e ousadia?


\ @ /

tautologia

Você repete, repete, repete, e de repente quer fugir. Você foge, e aí quer continuar fugindo. E a fuga repete, repete, e de repente já não foge de mais nada. E aí você pára.

Até onde uma fuga da rotina consegue ir, sem se tornar uma nova rotina vestindo uma máscara de fugir dela mesma?

..

02 agosto 2006

Isso resume bem.


"There is not enough time to do all the nothing we want to do."

Bill Waterson


31 julho 2006

De malungo pra malungo. E viva a bagunça.

"E com o bucho mais cheio comecei a pensar
Que eu me organizando posso desorganizar
Que eu desorganizando posso me organizar"


"Deixai que os fatos sejam fatos naturalmente
Sem que sejam forjados para acontecer
Deixai que os olhos vejam os pequenos detalhes
Lentamente deixai que as coisas que lhe circundam
Estejam sempre inertes como móveis
Inofensivos para lhe servir quando for preciso
e nunca lhe causar danos
Sejam eles morais físicos ou psicológicos"


Ê, Chico Science.

29 julho 2006

Patéticos e limitados. Mas em constante evolução.

"There's a journey of evolution – adaptation... the journey we all take... the journey that unites each and every one of us. (...) What I came to understand is that change is not a choice, not for a species of plant, not for me. It happens, and you are different."

"There are too many ideas and things and people – too many directions to go. I was starting to believe the reason it matters to care passionately about something is that it whittles the world down to a more manageable size."


do filme Adaptação

26 julho 2006

Quem é louco?

"Hoje em dia não existe mais gente inocente. O que existe é esperto ao contrário"

"A gente não tem que ajudar quem precisa. A gente tem que ajudar quem merece. Porque precisar todo mundo precisa."

Dona Estamira, no filme "Estamira"

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26 junho 2006

Achalay

"(...)
amanhã há de ser outro dia.
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando
E a gente se amando sem parar."

Entre coiotes e buddhas, Exu e Nirvana, rituais de penas e entrega de hóstias, iluminação e reencarnação, conhecimento e Pachamama, no final das contas a mensagem geral há de ser sempre a mesma.
É uma questão de escolhas, acima disso tudo. De caminhos pessoais, entre os guerreiros. Somos todos guerreiros, nós vivos. Batalhas bem travadas são em si uma vitória. De que importa o final? De que importam os finais? Eles não estão aqui agora.

23 junho 2006

13 junho 2006

Diga aí, rei.


"Em paz com a vida e o que ela me traz
Na fé que me faz otimista demais
Se chorei ou se sorri
O importante é que emoções eu vivi"

Emoções - Roberto Carlos

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03 junho 2006

Tá aí um cara que sabe das coisas.


Hobbes:
"Why are you digging a hole?"

Calvin: "I'm looking for buried treasure!"

Hobbes: "What have you found?"

Calvin: "A few dirty rocks, a weird root, and some disgusting grubs."

Hobbes: "On your first try?"

Calvin: "There´s treasure everywhere!"


http://images.ucomics.com/comics/ch/1995/ch950603.gif

26 maio 2006

Paciência

"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)"

- Lenine e Dudu Falcão

18 maio 2006

O lúbrico abraço do mundo;

"Enquanto isso
anoitece em certas regiões
E se pudéssemos
ter a velocidade para ver tudo
assistiríamos tudo (...)"

- Marisa Monte, Enquanto Isso

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11 maio 2006

E o que ser, dessa coisa que se é?


"You might take notice when I read I skip the periods because they say stop and I say why should I stop?"

- Carl Sandburg, Fables, Foibles and Foobles



"(...) e o não-senso, crê-se, reflete por um triz a coerência do mistério geral, que nos envolve e cria. A vida também é para ser lida."


- Guimarães Rosa, Tutaméia

27 abril 2006

Certas Semelhanças


Se uma nunca tem sorriso
É pra melhor se reservar
E diz que espera o paraíso
E a hora de desabafar
A vida é feita de um rosário
Que custa tanto a se acabar
Por isso às vezes ela pára
E senta um pouco pra chorar
Que dia! Nossa, pra que tanta conta
Já perdi a conta de tanto rezar

Se a outra não tem paraíso
Não dá muita importância, não
Pois já forjou o seu sorriso
E fez do mesmo profissão
A vida é sempre aquela dança
Aonde não se escolhe o par
Por isso às vezes ela cansa
E senta um pouco pra chorar
Que dia! Puxa, que vida danada
Tem tanta calçada pra se caminhar

Mas toda santa madrugada
Quando uma já sonhou com Deus
E a outra, triste namorada
Coitada, já deitou com os seus
O acaso faz com que essas duas
Que a sorte sempre separou
Se cruzem pela mesma rua
Olhando-se com a mesma dor
Que dia! Cruzes, que vida comprida
Pra que tanta vida pra gente desanimar


Chico Buarque - Umas e Outras

04 abril 2006

Sobre desejo, mulheres e comoção.


Dez Chamamentos Ao Amigo


I.
Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
Desejasse

Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.

Te olhei. E há tanto tempo
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta

Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.

(Hilda Hilst)


Me comovem

Me comovem
tuas mãos limpas
e tua boca suja.

(Eliane Pantoja Vaidya)


.

30 março 2006

Pelos Velhos Tempos. (Que salvam, às vezes, os tempos novos)

Tora Tora
“A gritaria rindo anuncia a hora
Eu tô cansado eu vou-me embora
Vou de volta pro meu lar
Volto pra casa pra mulher e pros meus filhos
Mas não largo do gatilho
Essa herança é de lascar
Sendo animal preferi ser o predador
Não sei fingir, não sou ator
Só vô querer o que quiser
O sanfoneiro toca a música da morte
Com minha faca eu abro um corte
E tu sangra quanto sangue tiver
(...)
Como troféu de caçador na sua parede
Trinta e sete almas na rede
Eu levo prá todo lugar
É claro que morrer de tiro niguém gosta
Então eles grudam nas minhas costas
E ficam só me dando azar
Não tem problema minha cabeça tá tranqüila
Querem briga façam fila
Estou aqui e não arredo pé
Cabra safado em dois tempo te encho de bala
Emudeço a tua fala
E tu sangra quanto sangue tiver”

Bestinha
“Pra ser ditado eu não vou pra escola
Sem professor eu aprendi
Que quem faz falta é quem não vai na bola
Quem me segura se eu cair”


Até hoje não existe nada melhor que as músicas antigas dos Raimundos para descarregar o stress. E provavelmente para expulsar demônios, tirar mau-olhado, expurgar maldição, salgar bacalhau, libertar poloneses, coisas assim.

29 março 2006

Nada mais do que nada menos

Em Guiné-Bissau se fala português. E ó: lá não existe uma palavra para “homossexual”. Esse conceito é obscuro e indefinível.
Ou não existe ninguém desse gênero por lá ou eles simplesmente ignoram o fato e vivem todos do jeito que os padres gostam.
Um amigo de um amigo, que é de Guiné-Bissau, disse sobre o homossexualismo que “isso é coisa de brasileiro”.
Engraçado como a abrangência da língua pode excluir alguns conceitos do cotidiano. E, de certa forma, moldar vieses do comportamento humano.
E os machões mais inseguros já têm para onde ir.

Certos Excertos

Saímos ou entramos? Te aperto as mãos
e ficamos adormecidos com saltos e sobressaltos.

Saímos? Uma praia com uma rena
ouve na altura vozeirão de uma nuvem.
Entramos? O bosque se retira, a decoração
se aproxima de uma festa campestre filandesa.
Entramos? Desgasto teus braços.
Saímos? Saltam os olhos mortais de um mineral.

---

Não é seu banho o do corpo afetado que vacila
Entre a tepidez da água e da fidelidade miserável do espelho.
Glória! A água converteu-se em rumor bem-aventurado.
Não é que João tenha vencido o azeite fervendo:
Esse pensamento não o assedia, não o desonra.
Amigou-se com a água, transfundiu-se na amizade onicompreensiva.


- Lezama Lima (traduzido)

CH2-CH2

O que a Playboy faz hoje não é simples reprodução de imagens, é muito mais mentiroso que isso. Não só ela, obviamente, mas quase todas essas revistas aí de gente pelada. Dá pra perceber muito isso vendo os famosos "antes e depois", observando a fotografia original sem tratamento. E depois tudo fica meio óbvio. Pessoal, em que mundo você vivem? As pessoas têm manchas, cicatrizes, espinhas, pêlos, ossos saltados, uma porção de coisas. Só que esse tipo de realidade não interessa, aparentemente não atrai. A celebridade da revista tem que ser de polietileno, senão não é a celebridade da revista. Aprendemos a gostar de pernas e peitos e bocas de plástico. São texturas de pele absolutamente irreais, construídas pixel a pixel pelo Deus Photoshop. O que as revistas fazem é vender sonhos, é aproximar o comum do ideal, nada mais justo. São as esculturas helênicas da modernidade. O estranho disso tudo é que esse ideal não é pele, é plástico. Que tipo de proximidade tem essa contemplação? As pessoas se imaginam abraçando aquelas texturas lisinhas, brilhantes, de cor falsa? As pessoas se apaixonarão cada vez mais por um catálogo de Barbies?
Acho interessante.

24 março 2006

Certos Excertos

"A bença Manoel Chudu

O meu cordel estradeiro
Vem lhe pedir permissão
Pra se tornar verdadeiro

(...)

É planta que cobre o chão
Na primeira trovoada
A noite que desce fria
Depois da tarde molhada

É seca desesperada
Rasgando o bucho do chão

É inverno e é verão

(...)


Vocês que estão no palácio
Venham ouvir meu pobre pinho
Não tem o cheiro do vinho
Das uvas frescas do Lácio
Mas tem a cor de Inácio
Da serra da Catingueira
Um cantador de primeira
Que nunca foi numa escola

Pois meu verso é feito a foice
Do cassaco cortar cana
Sendo de cima pra baixo
Tanto corta como espana
Sendo de baixo pra cima
Voa do cabo e se dana"



- Cordel do Fogo Encantado ("O Cordel Estradeiro")



21 março 2006

Certos Excertos

“George Orwell estava errado. O Big Brother não está vigiando coisa alguma. Ele está cantando e dançando. Está tirando coelhos da cartola. Ele se dedica a prender nossa atenção durante cada minuto que passamos acordados. Quer garantir que estejamos sempre distraídos. Quer garantir que estejamos sempre absortos.
(...)
Aí está o Big Brother, cantando e dançando, alimentando-nos à força para que nossas mentes nunca sintam fome o suficiente para pensar.”

Chuck Palahniuk – Lullaby (“Cantiga de Ninar”)



(se alguém tiver Soma aí eu tô comprando.)

08 março 2006

02 março 2006

Certos Excertos

"Arquitraves compósitas coríntio-toscanas do cornijamento... Certas pessoas só deveriam poder entrar na biblioteca apresenteando uma receita médica. (...) livros de arquitetura são como pornografia para Denny. Estamos nos Estados Unidos. Você começa com punhetas, depois passa para orgias. Você fuma um baseado, depois passa pra heroína. Toda a nossa cultura se baseia no maior, melhor, mais forte, mais rápido. A palavra-chave é progresso.
Nos Estados Unidos, quem não renova e aperfeiçoa sempre o próprio vício é um fracassado."


"O problema (...) é igual ao de qualquer outro vício. Você está sempre se recuperando. Está sempre reincidindo. Representando. Enquanto não acha algo pelo que lutar, você se contenta em lutar contra algo."


- Chuck Palahniuk - "Choke"

07 fevereiro 2006

Certos Excertos

"We have lost obsession, but the contest continues. The game never ends. And you, do you want to be King for the rest of your life? Would you bet on your life? How much life do you have left?"


"NO
FORMEN
GRUPOS

SALGAN
DE UNO
EN UNO

LA
VIDA ES
ASÍ

GRACIAS
POR SU
VISITA"


- La Fura Dels Baus, na peça "ØBS"

..

17 janeiro 2006

Do outro lado da infância.

É. De fato quando eu planejava espalhar energia positiva com um simples acenar de braços ou um mero "sinal de jóia" para os passantes, eu devia alcançar meu objetivo. Eu pequeno, passantes grandes. Percebo hoje que uma criança, desprovida de mumunhas sociais ou jogos de aparência, atribui a um cumprimento um significado muito verdadeiro. É o contato humano, uma empatia infantil, atenção passageira para te fazer sentir menos robô. Uns amiguinhos no ônibus da frente me fizeram sorrir hoje. Assim, pelo sorriso inocente dessas crianças animadas, curiosas, francas e perceptivas, um pedacinho da vida nos sorri. E assim nasce um pensamento piegas mas muito real. E é disso que é feito o bom humor.

Back to the Game


"Capoeira é luta de bailarinos. É dança de gladiadores. É duelo de camaradas. É jogo, é bailado, é disputa - simbiose perfeita de força e ritmo, poesia e agilidade. Única em que os movimentos são comandados pela música e pelo canto. A submissão da força ao ritmo. Da violência à melodia. A sublimação dos antagonismos. Na Capoeira, os contendores não são adversários, são 'camaradas'. Não lutam, fingem lutar. Procuram - genialmente - dar a visão artística de um combate. Acima do espírito de competição, há neles um sentido de beleza. O capoeira é um artista e um atleta, um jogador e um poeta."

- Dias Gomes

16 janeiro 2006

Certos Excertos

“o amor é uma questão de timing : de nada vale encontrar a pessoa certa muito cedo ou muito tarde"

“se você não pode deixar 2046, tudo o que pode fazer é esperar que deixe você”


do filme...
2046 - Os Segredos do Amor