20 setembro 2006

Para dizer com elegância.

Memória da pele

(João Bosco e Waly Salomão)

Eu já esqueci você, tento crer
Nesses lábios que meus lábios sugam de prazer
Sugo sempre, busco sempre a sonhar em vão
Cor vermelha, carne da sua boca, coração

Eu já esqueci você tento crer
Seu nome, sua cara, seu jeito, seu odor
Sua casa, sua cama, sua carne, seu suor
Eu pertenço à raça da pedra dura

Quando enfim juro que esqueci
Quem se lembra de você em mim, em mim
Não sou eu, sofro e sei
Não sou eu, finjo que não sei, não sou eu

Sonho bocas que murmuram
Tranço em pernas que procuram, enfim...
Não sou eu, sofro e sei
Quem se lembra de você em mim, eu sei, eu sei...

Bate é na memória da minha pele
Bate é no sangue que bombeia na minha veia
Bate é no sangue que borbulhava na sua taça
E que borbulha agora na taça da minha cabeça

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A punheta mais poética da música brasileira.

2 comentários:

filosofiadebar disse...

Hahahaha!
Só vc para desencavar certas pérolas!
Pois, estou no mesmo ramo... Entra lá!

Carol Custodio disse...

É mesmo, uma punheta.

Estou lendo, estou lendo.
Um grande abraço, obrigada por passar no Brutti.


C.